2 de set. de 2010

Cristãos Verdadeiros - Reflexos de Cristo.

Graça e Paz a você leitor do Impactando Vidas. Depois de dois meses impossibilitada por falta de tempo e alguns problemas a resolver, hoje estaremos falando sobre um fato muito relevante, mas que tem sido ignorado. Preparados? Então vamos em frente.

Imagem: Lenara Monteschio

Ultimamente, há algo que inunda meu pensamento, seja ao levantar, durante o dia no decorrer das atividades cotidianas e principalmente ao deitar-me - que tipo de cristãos somos e o que as pessoas pensam a respeito de Deus quando olham para nossas vidas?

Sei que como qualquer outra pessoa, sou limitada, tenho defeitos e qualidades, e apesar dos meus esforços, sou imperfeita; apesar de muitos que me conhecem pessoalmente dizerem que tenho sido muito dura comigo mesma e que sou apenas humana, "o que mais poderia eu querer?" - aliás, este tem sido um pensamento comum a tantas pessoas a respeito de si próprias e em relação umas às outras - me vem à mente o que Rikk Watts escreveu em seu livro Livres para Amar:

"Quando a gente descobre que está se comportando mal, costuma dizer: "Ah, eu sou humano! É por isso que olho para as mulheres com malícia ou traio meu marido. Vez por outra, eu sonego um imposto ou passo um cheque sem fundo. De vez em quando, falo mal das pessoas, adoro uma fofoca. Mas, gente, eu sou apenas um ser humano!" Errado! Não é porque somos humanos que fazemos tudo isso. É porque somos menos do que humanos. Ser humano é ser feito à imagem de Deus. É ser coroado com glória e honra. É ser o alvo da promessa de vida, de ressurreição em um corpo transformado, como o de Jesus. O nosso problema é não sermos humanos o suficiente. E quando Deus vem a nós, em Jesus, está demonstrando para o quê fomos concebidos, o que, verdadeiramente, significa ser "humano"."

O apóstolo Paulo nos diz que devemos ser imitadores de Cristo, como ele era:

"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo." (1 Coríntios 11.1)

Brennan Manning, em seu livro Convite à Loucura nos diz que Soren Kierkegaard, o pai do existencialismo cristão, descreve dois tipos de cristãos: os que imitam Jesus Cristo e um segundo tipo de pouco valor, aquele que fica contente em admirar o primeiro. E é terrível constatar em nossos dias o que Agostinho registrou nas seguintes palavras:

"Muitos que chegam perto do caminho da fé afastam-se amedrontados pela vida perversa dos maus e falsos cristãos. Quantos, meus irmãos, vocês acham que são os que querem se tornar cristãos, mas são repelidos pelos maus modos dos cristãos?"

Não sei quanto a vocês, mas estou farta, extremamente cansada de falsas doutrinas, falsos profetas, falsos cristãos, que infelizmente têm alcançado êxito em enganar os incautos; de todo este farisaísmo, que a meu ver tem sido muito pior do que aquele existente nos tempos de Jesus. Não pensem que sou hipócrita, apontando o dedo para o erro alheio e fingindo que sou exemplo de perfeição. Absolutamente, não. É tão difícil muitas vezes olhar para mim mesma e perceber tantas atitudes tão distantes dos padrões do cristão que imita a Jesus.

Deus estou cansada da minha falta de fé, de olhar tantas vezes apenas para o problema, para minha inconstância, de reclamar, quando tudo o que preciso fazer é voltar-me para Ti. Estou exausta de trivialidades da rotina, que tentam me separar do Senhor, das futilidades em que vejo tantos jovens cheios de capacidade e talentos se afundarem, enquanto os campos estão brancos para a ceifa, enquanto muitos morrem em trevas, porque os cristãos estão dormindo na luz, porque não conseguimos perceber que há tantas necessidades, mas nós só conseguimos tocar a superfície delas.

Será que é demasiado difícil fazer diferença? Será que é demais buscar ter santidade, excelência naquilo que fazemos para Ti, honestidade, honradez e dignidade em nosso viver? Se tentarmos por nossos próprios meios, força ou entendimento, será impossível, mas se for por intermédio e dependência do Senhor, não. "No momento em que os religiosos ficam religiosos demais e os retos ficam retos demais, Deus encontra alguém na caverna que acende uma luz." (Max Lucado) Que possamos ser este alguém!

O meu anseio mais profundo Pai, é que não sejamos motivo de tropeço para os outros, e que ao olharem para nossa vida e conviverem conosco, as pessoas possam notar tamanha diferença, a Tua vida sendo vivida em nós, de forma que seu próprio viver seja transformado, gerando proclamações de louvor e glória ao Teu nome.

Concluindo, deixo para meditação de cada um, as palavras de uma jovem de vinte e três anos de idade, registradas em seu trabalho acadêmico na Universidade de Paris:

"Para mim, um cristão é ou um homem que vive em Cristo ou um impostor. Vocês, cristãos, não percebem que é com relação a isto - ao testemunho quase superficial que vocês dão de Deus - que nós os julgamos. Vocês deveriam irradiar Cristo. Sua fé deveria fluir para nós como um rio de vida. Deveriam nos contaminar com seu amor por Ele. E assim, então, que Deus, que era impossível, se tornaria possível para o ateu e para aqueles de nós cuja fé oscila. Não podemos evitar o choque, o transtorno e a confusão que sentimos ao ver um cristão que seja, de fato, como Cristo. E não o perdoamos quando ele não o é."

Reflitam também neste vídeo que tem tudo a ver com este post. Que esta possa ser nossa oração e nosso modo de viver hoje e sempre, para a glória de Deus!